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domingo, 21 de agosto de 2011

Opiniões #1: Politica


Porque as pessoas me olham torto quando digo que odeio politica?

Porque me chama de analfabeto politico e de “americanizado vendido” quando digo que nosso modelo tupiniquim de “não vi, não sei” esta morto em decomposição?

Afinal, porque tenho que gostar de politica? Porque tenho que ser versado nos discursos ufanistas e canhestros de políticos? Porque tenho que aprender que a direita é invenção do satanás e a esquerda é a salvação (ou vice-versa)?

Eu entendo de politica, arranho em economia, me pauto em varias fontes neutras, leio blogs de articulistas, vejo até o diário oficial da minha cidade/estado/pais. Mas mesmo assim, me olham como se eu fosse o pior dos hereges quando digo “a politica apodreceu e está fedendo”.

Eu tenho que gostar de politica? Eu tenho que discursar pelo “partidão”? Ser massa da manobra controlável e suscetível para ser uma pessoa “politicamente engajada”? Tenho que ser gado, ruminando e mugindo palavras de protesto e cartazes em passeatas? Para defender o que? Para defender quem? Uma politica que não me devolve os serviços necessários? Uma politica que me usurpa direitos em favor dos “direitos deles”? Uma politica de “policia de pensamento” instaurada em escolas, repartições publicas, até mesmo em nossas casas?

Afinal, porque tenho que ser um “alfabetizado politico”? Bertolt Brecht escreveu que o analfabeto politico não sabe o preço das coisas, que é dele a culpa de existir o politico corrupto, a prostituta, o menor abandonado. A culpa é do analfabeto politico, ou do governo que assim o quer? Porque só o lado bom do partidão é ensinado nas escolas? Eu sei o preço do feijão, do arroz, do óleo, da batata, e a cada dia me arrependo de saber, pois vejo preços subirem e subirem, diminuindo ainda mais meu poder aquisitivo. Eu nunca criarei prostitutas, ou meninos de rua, pois sei que se um dia tiver filhos, os ensinarei a seguir o caminho da honestidade e da consciência limpa, para eles também ensinarem aos seus filhos e assim por diante.

Estufo o peito e digo: ”SOU UM ANALFABETO POLITICO, MAS NÃO SOU UM ANALFABETO MORAL”. Sei o meu lugar e sei o meu papel.

O analfabetismo politico não é mais a ignorância de não saber sobre o que acontece ao seu redor, É O REFUGIO DO HOMEM DE BEM DIANTE DE UMA SOCIEDADE PALERMA E INUTIL, FELIZ COM O SEU ‘BOLSA-FAMILIA’ E SEU ‘BBB’ E DE UMA POLITICA CORRUPTA E DESGRAÇADAMENTE SINICA, PARA DIZER A TODOS QUE ‘NÃO VIU NADA, NÃO SABE DE NADA’...

Sou um analfabeto politico, para não chorar de vergonha diante do cenário distopico e sádico que Brasil me apresenta...

terça-feira, 28 de junho de 2011

Dedinhos Com Carinhas

Coisa mais fofa é uma modinha da net de ficar fazendo carinha nos dedinhos...
deu até vontade de fazer uns tb,kk
faça os seus e mande pra gente postar aqui tb  =)

















segunda-feira, 30 de maio de 2011

Porque o desconhecido nos atrai tanto?

Dois personagens, 1 e 2, andam de carro numa noite qualquer



1: - Nossa, você viu aquela luz que piscou lá longe?
2: - Sim, vi, e dai?
1: - O que será que era hein? Algum extraterrestre? Ou quem sabe algo sobrenatural...?
2: - Um carro. Há uma estrada lá...
1: - E como você sabe?
2: - Olhe aqui no GPS, é a estrada logo ali...
1: - Mas e se...

   Já percebeu como aquilo que nos é desconhecido atrai tanto? Que uma luz piscante, ou um som vago nos despertam a memoria e as ideias? Porque será que isso acontece?
   Muitos de vocês leram esse pequeno dialogo acima. Alguns viram uma pessoa imaginativa e outra pessoa realista, mas creio que alguém (assim como eu) viu um adulto e uma criança conversando.
   Talvez seja mais inerente das crianças serem espontâneas e diretas, com certeza muitos de nós (eu incluso) tem vergonha de expressar ideias assim, talvez porque a razão mais obvia seja uma estrada, ou talvez por medo de sermos tratados como uma criança...
   Mas além de nossos medos e receios perante a sociedade, creio que não sou o único a imaginar igual o personagem 1, como se cada som ou ‘luz’ desconhecida fossem mais que apenas ‘coisas mundanas’, queremos acreditar que existe algo além do que os olhos podem ver ou os ouvidos ouvir.
Voltando a pergunta que da titulo ao texto, por quê? O que é que nos fascina no desconhecido, no intangível, no que está além da matéria?
   Porque a luz que se move silenciosamente na escuridão da noite, ao longe, tem que ser forçosamente um carro? Porque por um momento alguns não deixam a realidade de lado? Temos que imaginar algo espontâneo, vivido e ao mesmo tempo, de certa maneira plausível. Que tal um alienígena? Vasculhando a Terra atrás de conhecimento. Ou é tão implausível assim? Não fazemos a mesma coisa olhando infinitamente para quase tudo? O comportamento animal, as estrelas no céu, nossas naves e satélites que vasculham o cosmos, não seria a mesma coisa?



   No final tudo leva a nos colocar num ponto, o ‘buscar conhecimento’, ou melhor, tornar a busca pelo conhecimento mais atrativa. Se soubéssemos que não há mais nada de vida no universo, que somos os únicos seres cientes no universo, que tudo não passa de um silencio universal, iriamos imaginar tantas historias com extraterrestres, planetas cheios de vida? Ou mesmo incentivar e torcer para que cada empreitada humana no cosmos se concretize e finalmente descubramos a verdade?
   Sim, existe a possibilidade de estarmos sozinhos no universo, mas ninguém sabe. Ninguém pode saber ainda, o máximo que enviamos foram nossos emissários robóticos através das estrelas, sendo as mais conhecidas as naves Voyager I e II.
   E tudo isso, viagens através dos mares infindáveis entre as estrelas para chegarmos ao começo novamente. E talvez seja por isso que o desconhecido nos atrai tanto. Não somos seres cientes a toa. O acaso fez seu papel e de tantos trilhões de espécies vivos que já estiveram ou estão sobre a Terra, nós fomos a sorteada para evoluir. Na loteria da evolução, ganhamos o premio. E a verdade é que o premio foi um livro, cheio de perguntas e sem nenhuma resposta. E na ultima pagina, em letras pequenas, impressas bem lá no finalzinho mesmo, em letras nítidas, a frase: “Agora busquem as respostas”
   É isso que talvez nos mova a sempre seguir em frente, mesmo as vezes com vergonha de discutir que aquela luz não é só um carro, mas um ‘gatilho’ para nossa imaginação buscar pelo desconhecido.
   O desconhecido nos atrai porque está ali nos nossos genes, no ultimo par, bem pequenininho, o premio que ganhamos da loteria genética.
   E encerrado numa pequena cúpula de vidro, como o único tesouro que realmente temos, guardado bem no amago da nossa consciência, e da inconsciência também, o livro de perguntas, que sempre pode ser folheado e pesquisado. E o livro nunca vai acabar, pois cada pergunta respondida, nos revela mais e mais paginas secretas, com mais e mais perguntas.
   “Agora busquem suas respostas”, disse o livro. E é no desconhecido que elas estão, como aquela luz que já não é mais um carro...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Estou doando duas crianças



Boa noite!

Estou doando duas crianças loirinhas de olhos azuis: uma de 3 e outra de 1 ano porque sairei de férias e não saberia onde deixá-las…



 
Você está surpreso(a)? 




Saiba que diariamente dezenas de anúncios similares são publicados, em que o ser humano tenta se desfazer de seus cães e gatos e as pessoas poucas vezes ficam surpresas.
Este recado serve para seguir com a luta contra o abandono animal.


“Jamais creia que os animais sofrem menos do que os humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não podem ajudar a si mesmos”.




 

Vida - Manual de instruções


1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno.
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic.  Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir  roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos  nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.


Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade
(Assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Catnip - A Erva do Gato



 É também conhecida como Catnip, erva-dos-gatos, a Nepeta cataria é uma herbácea perene e pungente. Muito famosa pelos efeitos nos gatos, que ficam eufóricos e gostam de cheirar e brincar com a planta. Atrai abelhas. Pode-se também, usar sob a forma de chá para resfriados, insônia, flatulência e excitação nervosa, entre outros usos 


Grama do gato - Catgrass
 A grama-dos-gatos, (Dactylis Glomerata) é uma gramínea perene recomendada para quem tem gato em casa, sobretudo os de pelagem longa, como é o caso do Persa. Ela é indicada pelo complemento mineral e vitamínico que ela oferece(ela é rica em ácido fólico, mais conhecido como vitamina B9) e pelo seu efeito benéfico no sistema digestivo. Ao contrário do que muita gente pensa, as gramas para gato não impedem que o gato vomite as bolas de pêlo. A sua principal função é impedir a obstrução intestinal, esta sim muito grave. 


o blog a bela e o nerd está sorteando dois kits com uma semente da catnip e uma da catgrass pra cada ganhador
basta vc seguir o blog e deixar comentario dizendo pq seu gato precisa ganhar as sementinhas!!
e quem divulgar o blog em suas redes sociais ainda ganha sementes surpresa de outras lindas flores


PARTICIPE!!

o sorteio sera no dia 15 de maio pelo site  http://www.random.org/

e fiquem de olho que sempre terá sorteios de outras sementes e brindes  !!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

DICAS PRA MONTAR UM BRECHÓ / BAZAR VIRTUAL (E/OU EM CASA MESMO)











É MUITO FÁCIL MONTAR UM BAZAR OU BRECHÓ !!
não precisa de um espaço grande ou investimento para que você faça um.

basicamente você vai ajuntar tudo o que quer por à venda(peça doações de parentes e amigos,ou compre em outros brechos,pesquise muito e não saia comprando qualquer coisa)
e lembre que bazar tem ser bem baratinho,salvo peças antigas em bom estado,como televisores,radios,móveis,telefones,peças de madeira antigas,quadros...
e quanto mais diversidade melhor,é muito legal um bazar que tem de tudo,móveis,sapatos,brinquedos,roupas e outros utensilios...e só venda objetos em bom estado
é legal também você separar e organizar tudo:saias de um lado,calças de outro,isso vai valorizar os seus produtos
ponha preço em tudo,nada de pôr preço na hora e sempre dê um descontinho a mais no hora da compra

E DIVULGUE MUITO!!folhetos,cartazes,cartões de visita...
e pela internet,crie um blog para divulgar suas melhores peças,um perfil no orkut também é muito legal pois vai ser muito acessada por seus amigos e amigos de amigos
use tambem o mercado livre para divulgar      http://www.mercadolivre.com.br/
 lá voce se cadastra e compra e vende o que quiser

e para mandar os produtos para qualquer parte do mundo calcule o frete no site dos correios http://www.correios.com.br/encomendas/prazo/default.cfm

para acompanhar se ja esta chegando no destino voce vê por aqui,basta ter em mãos o codigo do objeto(na nota fiscal que voce pegou na hora de postar o produto) http://www.correios.com.br/servicos/rastreamento/rastreamento.cfm

PERFIL DO MEU BRECHÓ NO ORKUT  http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=9684317587905382952


SEGUE DICAS DE ALGUNS DOS BRECHÓS ONLINE MAIS LEGAIS

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Conto #3: Quando nevar outra vez...

Autor: Luis Gustavo Prado



Fazia alguns dias que o inverno acabou. O tempo começava a se firmar e as nuvens pesadas de neve começavam a se dissipar. Finalmente poderia sair do abrigo, que a neve já estava mais baixa.
Nivida era um planeta classe terrestre gravidade e tamanho muito parecido com nossa velha casa, apesar da neve ser meio azulada e o céu ter um tom vagamente verde, culpa do cobre disperso no ar, que estávamos removendo, pois sabíamos que ele não fazia parte importante da cadeia biológica do planeta.
A nave que me trouxe, pousara em princípios de neve, e desde então não consegui sair do abrigo. Não digo que foi ruim, tive tempo de estudar melhor a atmosfera do planeta e ver em que estagio estávamos, mas quase seis meses dentro de um cubículo com pouco mais de 40m², é um tanto estressante.
E agora podia ver o sol, amarelo como o nosso, brilhando num principio de manhã. O traje de caminhada era um pouco estranho de se usar, mas não teríamos como sair sem ele, o ar, ainda saturado de cobre, não era o melhor para nós.
Mas a mobilidade do traje era quase infinita, pois como o ar, fora o cobre saturado, era composto basicamente de oxigênio, só alguns filtros ativos e poderiamos andar o planeta quase todo. E se pudesse, eu teria feito isso àquela manhã. Mas o período de sol, de apenas 4 meses, estava começando, e havia muito que se entender e o que planejar, se o plano de colonização quisesse acabar em tempo...

***

Com os anos você se acostuma com a rotina de um planeta novo. 4 meses de sol, 6 meses de neve, dias de 39 horas, muito serviço e pouco espaço para andar. Talvez num futuro ainda distante, os humanos aqui evoluirão por um caminho diferente. Só nossos ancestrais serão parecidos...
Uma voz no intercom me tira dos devaneios.
"Estação 18-15, fala base. Problema no filtro 450096, reparo urgente, saída imediata”.
Acho q meu queixo nunca tinha caído tanto. Estávamos no meio de um inverno, que apesar de ser o mais brando que já vi, estava com algumas tempestades bem fortes.
Mas fui vestir meu traje de inverno, esse sim desconfortável e desajeitado, e sai pelo escape de neve.
O filtro era bem perto, menos de 100 metros de caminhada, mas estranho, aqueles filtros de cobre eram projetados para suportar ventos até 10 vezes mais fortes que os do planeta, ele não poderia ter caído, e as cargas deles eram para durarem pelo menos mais uns 5 anos.
Pé ante pé fui chegando perto do filtro e para a minha surpresa ele fora arrancado a golpes. Mais estranho ainda foi descobrir ali, caído ao chão, uma criatura ofegando. Não era possível, muitas varreduras não acusaram nada de vida fora dos meses de calor, e mesmo nos meses de calor, só algumas plantas existiam...
Mas me lembrei de que poucos dias antes tinha recebido no informativo cientifico da expedição, um artigo longo de alguns bioplanetologos, que era teoricamente possível uma forma de vida em que o ferro no sangue poderia ser substituída por outro material, embora ainda não tivesse sido provado nada demais.
E na estação havia uma "câmara saturada", aonde saturávamos o ar com cobre para testarmos a sobrevivência de espécimes vegetais em concentrações diferentes desse elemento.
Sem hesitar, arrastei a pequena criatura que parecia ter uma inteligência rudimentar, até a estação, e a coloquei na câmara saturada, ligando os saturadores no nível que encontramos ao chegar aqui.
Em poucos minutos, o pequeno ser dava mostras de estar respirando melhor e fazendo menos força. Estavam dentro do saturador, algumas espécimes vegetais, que ficaram guardadas do ultimo período quente. Não me surpreendi quando a pequena criatura, sem nem se assustar nem nada, começou a comer vagarosamente, enquanto me olhava pela parede de pixeglas. Foi então que comecei a prestar atenção nela. Não deixavam de existir certos traços "humanoides" nele, como a proporção do corpo e o olhos, mas suas mãos com três dedos e a sua pele verde, possivelmente por causa do oxido de cobre, faziam dele um espécime alienígena.
Ele parecia querer se comunicar comigo, pois fez um gesto, como se me chamasse para mais perto, sentei no chão ao lado da parede transparente e ele fez o mesmo. Então apontou para si e depois para a câmara, querendo saber onde estava. Não soube o que dizer, mas fechei a mão levei ao peito, como que dizer que ele estava em segurança. Ele sorriu e parece entender, e dai apontou para mim, querendo saber quem eu era. Apontei para cima "sou das estrelas". Ele novamente entendeu e colocou a mão sobre o pixeglass e eu fiz o mesmo, então ele saiu e voltou a comer calmamente, olhando para algo no infinito da mente dele...

***

O Período de inverno estava acabando, e o pequeno ser, agora meu colega de base, estava se sentindo muito bem, e às vezes ficava comigo curtos períodos e até aprendeu poucos rudimentos de linguagem.
Um dia com olhar serio ele me disse, com sua voz que era um pouco engraçada.
- Amigo, ar mudar?
Senti um aperto no peito, "sim, ar mudar, culpa nossa"
- Sim
- Culpar quem?
- Ninguém, ar voltar...
- Amigo ir embora?
Para mim ele era apenas uma criança, aprendendo sobre mim e eu sobre ele...
- Amigo não saber...
- Amigo sempre amigo?
- Sim, amigo sempre amigo - e segurei sua mão

***

Todo o equipamento de filtragem fora retirado, e alguns poucos saturadores foram deixados, para compensar nossa falha.
No segundo mês de calor, as naves chegaram e eu estava me preparando para ir
Olhei meu pequeno amigo e disse
- Amigo ter que ir...
- Eu entender - ele disse sorrindo - eu ficar aqui, amigo das estrelas voltar pras estrelas...
E num gesto que nem eu sabia q ele conhecia, me abraçou, e meio querendo segurar o choro disse:
- Estrelas sempre lembrar amigo, noite ser lar do amigo...

***

A Viagem de volta a Terra seria um pouco longa, alguns meses, mas já na nave tinha convites sobre prêmios da Sociedade de Bioplanetologia e da própria Frota de Exploração. Seriam prêmios que dedicarei ao meu pequeno amigo que agora se lembra de mim quando olha o céu. Talvez eu nunca mais o veja, mas quando nevar outra vez, na Terra ou em qualquer planeta, vou sempre me lembrar do meu amigo...

Conto #2: O Baile

 

Autor: Luis Gustavo Prado


A Nave singrava os espaços em silencio e com graciosidade. O primeiro baile espacial seria dali a algumas horas. O salão do baile, majestoso dentro de uma cúpula de vidro, brilhava em tons de amarelo e dourado. O Baile ia começar assim que a nave atingir a face iluminada da lua. A maior lua cheia que qualquer pessoa já viu, admirando as mesas enfeitadas e o salão de um piso alvíssimo.
Da minha cabine podia ouvir a orquestra afinando seus instrumentos. Apesar de podermos criar musica apenas com alguns cliques num sintetizador, nada se compara a uma boa orquestra interpretando antigas valsas.
O som dos instrumentos sendo afinados, débeis e sem nenhum sentido, me fazem lembrar de cenas da infância, aonde nada realmente fazia sentido, mas tudo era perfeito na sua imperfeição.
Um som baixo e melodioso tocou em minha cabine. O salão estava aberto. Olhei-me no espelho mais uma vez. 1778 ou 2078, não havia diferença. Tudo agora é algo alem do tempo e espaço. Agora tudo que importa é dançar e ser feliz.
Ao entrar no salão, não pude disfarçar o espanto. Era muito mais do que eu tinha imaginado, com certeza o salão de festas mais elegante que eu já vi em minha vida.
Mas algo me chamou mais a atenção. Perto da cúpula, uma jovem olhava as estrelas, com profundidade tal, que ela talvez quisesse encontrar um sentido para tudo que existia.
Aproximei-me dela e me apresentei. Ela me sorriu o sorriso mais lindo que ganhei na vida toda. Perguntei se ela tinha achado a resposta que procurava nas estrelas. Ela riu e disse que só esperava alguém para dançar com ela.
Como se fosse ensaiado, a orquestra começou a tocar uma velha valsa, que ouvia com meu avô, quando ele contava de sua juventude.
Não Precisamos perguntar um ao outro se queríamos dançar. Como se nos conhecêssemos há anos, demos as mãos e saímos a dançar. Não falamos muito mais, nem precisávamos falar. Apenas dançamos, um olhando nos olhos do outro, pois ali estava tudo que nos era importante, tudo que precisávamos ver.
Quando o jantar foi servido, não sentíamos fome, e nos retiramos para o deck do observatório.
Talvez fosse a musica que invadia o deck do observatório, vindo do salão de baile. Mas acho que éramos nós mesmos. Ali, juntos, olhando as estrelas sabíamos que tudo estava bem de novo. Mas não era o final, era o começo. As estrelas foram as únicas testemunhas do nosso beijo. O som agora era mais cálido e calmo. A orquestra começou a tocar "Clair de Lune". Sem mesmo pensar, começamos a dançar como dois tolos, num mar de estrelas.
Sabíamos, pela primeira vez, que seriamos realmente felizes...



Escrever é tão bom...

quinta-feira, 31 de março de 2011

Conto: Um romance de papel


Autor: Luis Gustavo Prado

Eles nunca se encontraram. Eles não se conheciam...
Viviam suas vidas, já meio desanimados. Eram duas pessoas solitárias, quietas e um tanto alheias. Continuando a jornada como quem não vê mais surpresas. De passo em passo eles dois continuavam a viver, mesmo sem a mesma esperança de outrora.
Talvez por coincidência, ou se você acredita uma brincadeira do destino, eles sempre iam à mesma livraria, e muitas vezes estiveram ao mesmo tempo na mesma loja, mas nunca se encontraram, mas um dia se encontrariam, e esse dia foi numa fria manhã de julho...
O ar matutino era espesso, sinal de noite de geada, aos dois sempre agradou o frio, então saíram cedo até a livraria, tomar um café da manhã na pequena lanchonete que funcionava lá dentro. Mas eles não poderiam de ver se havia chegado algum titulo novo. Andando pelos corredores, o jogo das estatísticas corria, e eles se encontraram. Bem, quase se trombaram, ao tentar pegar o mesmo livro.
Ele, como sempre fora muito tímido, normalmente teria pedido desculpas, mas não aquele dia. Perdido no olhar dela, ele se assustou dizendo um tímido “Oi”.
Ela também nunca fora de conversar muito, mas também disse um ligeiro “Olá”.
E ali ficaram, até que ela disse, com mais desenvoltura.
- Ah, você também gosta do ‘Pequeno Príncipe’?
- Uhum, lia muito quando era criança, mas não tenho nenhum exemplar. Que mancada minha né...
- Ah, normal – disse ela sorrindo – fica com você, tenho certeza que você vai ler muito...
- Você aceitaria um café? Eu pago...
- Adoraria...
E assim começaram a conversar de muita coisa, e como era final de semana, não tinham que se preocupar com horário. Quando saíram da livraria, já era fim de tarde...
- Foi bom conversar com você – disse ela segurando a mão dele – espero te ver de novo em breve
Num impulso ele pegou o livro do pequeno príncipe, escreveu seu telefone na primeira pagina e disse:
- Um presente pra você se lembrar de mim...
Ela o abraçou bem forte, e deu um beijo demorado no rosto dele.
- Muito obrigado... Eu te ligo...

***

Ele chegou em casa flutuando, e naquela mesma noite ela ligou. Ficaram muito tempo ao telefone numa conversa calma e tranquila, como se nada no mundo existisse além deles.
Eles combinaram de no outro dia se encontrarem na mesma livraria, para conversarem mais e para tomar mais café...
Ele chegou quase uma hora antes do combinado, com medo de perder ela. Com um livro na mesa, cada vez que ele irava uma pagina, olhava para a porta, esperando a ver chegar. Mas como as coisas acontecem sempre do jeito q não programamos, ela chegou quando ele se interessou por uma pagina. Quando ele percebeu, ela já estava sentada na mesa, olhando ele ler...
- Se eu soubesse que você ficava tão lindo lendo, num teria te interrompido...
Ele ficou vermelho de vergonha, e ela sorriu mais gentilmente ainda.
- Quer um café? Vou pegar o meu, e hoje eu pago...
Quando voltaram à mesa, ele ficou encabulado, olhando para as mãos o tempo todo, falando pouco. Ela notou e perguntou
- Você está bem? Parece preocupado...
- Estou sim, mas queria te dizer uma coisa, mas não sei como começar...
- Comece de a onde achar certo – ela sempre sorria quando ele ficava envergonhado
- Você também lê bastante né, assim como eu, então já deve imaginar que eu num sei conversar com as pessoas...
- Mas comigo você sabe conversar – e ela segurou a mão dele
- Então, com você é diferente. Eu nunca fui tão aberto assim com ninguém na minha vida. Eu sempre fui quieto, calado. E com você eu viro quase um tagarela. Se eu te fizer uma pergunta, você não se ofende?
- Claro que não...
- Você acredita nisso de ‘Amor à primeira vista’?
Ela segurou a mãe dele mais forte ainda
- Eu – ela corou um pouco – não acreditava, mas algo me fez mudar de ideia...
- E se eu perguntasse que se esse algo esta sentado na sua frente agora...
Ela não respondeu, mas sorriu e acenou um sim com a cabeça...
- E se esse algo, mesmo sabendo que você só conheceu ontem, te pedisse em namoro?
- Eu diria sim... – o sorriso dela o deixava inebriado...
- E se esse algo pedisse para andarmos no parque?
- E o que você está esperando? - ela o puxou da cadeira...

***

Eles nunca se encontraram. Eles não se conheciam...
Viviam suas vidas, já meio desanimados. Eram duas pessoas solitárias, quietas e um tanto alheias. Continuando a jornada como quem não vê mais surpresas. De passo em passo eles dois continuavam a viver, mesmo sem a mesma esperança de outrora.
Até que um livro, numa livraria pequena, no fim de uma rua, os ensinou de novo a ter esperanças.
Sempre que voltavam ao parque, sentavam na grama e ela lia um trecho de ‘O Pequeno Príncipe' para ele, e se aninhando no ombro dele, falava baixinho, só para ele ouvir:
- Você me cativou...
E nesses últimos 20 anos em que estão juntos, ele sempre fala para ela, que o amor dos dois até parecia coisa de livro...

***

Minha esposa acaba de trazer a gravura que vai estar nesse conto. E enquanto observo o seu desenho cuidadoso, ela lê o conto com entusiasmo...
Quando ela acaba de ler, me abraça bem forte e me diz:
- Seu bobo, bem que eu dizia que a gente ia virar livro...
E na estante, num lugar especial, já meio usado pelo tempo, um livro fininho, de poucas paginas, com um menino loiro na capa, comtempla em eterna calma, um casal apaixonado, que se conheceu, de repente, numa livraria...


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Eu escrevi esse conto hoje mesmo ^^

CAMPOS DE TULIPAS NA HOLANDA

Procurando por fotos de flores no google,achei essas que mais parecem brincadeira de criança desenhando no papel

lindo demais né?




terça-feira, 22 de março de 2011

Stefhany Absoluta se Assustou




Agora ta explicado o sustinho dela no final do clipe

#atoron =P

Como Mudar o Mundo, um pouco de cada vez...



Pra quem não sabe, eu sou formado em Técnico de Mecânica - Projetos, e o nosso TCC foi uma cadeira de rodas que precisava ter tres qualidades principais: Barata, Simples de fazer e ser diferenciada do mercado.

Pois bem, conseguimos. Criamos e construímos uma cadeira unica no mercado, pela robustez e diferenciais como Suspensão e Sistema de elevação.

A cadeira não aparece no vídeo, pois ela esta em uso, pelo garoto que inspirou a idéia.

A cadeira do vídeo foi da turma de eletromecanica, que apos a conclusão, foi doada ao asilo aqui da cidade.



Sim, ganhamos premios, fomos destaques em feiras, municipais, estaduais e até uma feira internacional.
Mas o importante não é isso. O importante foi ter feito algo que trouxe mais dignidade a uma pessoa. Saber que nossas cadeiras terão bom uso por essas pessoas. Saber que mesmo de leve, começamos a mudar o mundo. Pois não temos forças pra mudar tudo de uma vez, mas temos a capacidade de começarmos e sermos o exemplo para alguem.


Saber que fomos uteis pra alguem que precisava, esse sim é o verdadeiro premio.

sexta-feira, 18 de março de 2011

What Love is?

O que é o amor??




Uma sensação de sonhar acordado...



É esperar aquela carta especial...




É uma felicidade imensa...




E as vezes um pouco de ansiedade...




É fazer de tudo para estar perto de quem se ama...




Mas o principal, é se sentir protegido, nos braço da pessoa amada...


Para minha Bela, amor da minha vida, musa dos meus sonhos
Te amooooo =)

ALERTA chicletes x pássaros

CHICLETES, EMBRULHE ANTES DE JOGAR FORA:
 

Atraídos pelo cheiro adocicado e pelo sabor de fruta,
 
os passarinhos comem restos de chicletes deixados,
 
irresponsavelmente, em qualquer lugar.
 
Ao sentirem o chiclete grudando em seu biquinho,
 
tentam, desesperados, retirá-lo com os pés...
E aí, acontece o pior: acabam sufocados.

 
Embrulhe o chiclete num pedaço de papel
 
e jogue-o no no lixo.
 

Repasse esta mensagem para que, principalmente
 
as crianças, sejam conscientizadas.
 
Seja você também, consciente, e, ajude a natureza.

Quem gosta,gosta e quem não gosta curte!!














2012 É CULPA DAS DORGA,MANO!!!!11!!!onze!!!

Nerd Indica #1: O Homem Bicentenario

No primeiro Nerd indica, comecemos com um filme (e um conto).

O Homem Bicentenario


Andrew e a menininha


Comecemos do começo

O Conto:
Sempre lembrado em muitas coletaneas de contos de FC, o Homem Bicentenario é o que podemos chamar de "A Aventura Humana de um Robô"
Escrito por um dos maiores vultos da FC, Isaac Asimov o escreveu nos idos de 1976, se não me engano, para comemoração do bicentenario dos EUA.
Considerado pelo proprio Asimov o seu maior conto sobre robôs, narra as aventuras de Andrew Martin (chamado assim pois a menininha não conseguia pronunciar 'androide', e sim 'andrew') desde de sua ativação, no começo dos anos 2000 até seu derradeiro final, quando foi considerado humano, pouco antes de morrer.



Isaac Asimov (1920-1992)



O Filme:
O filme não é o que diriamos um enorme sucesso de hollywood, apesar da beleza da trama.
Mais fantasioso e menos obscuro que o conto, é um dos meus favoritos.
Narra a vida de Andrew de um modo diferente, apesar do roteiro seguir bastante o conto.
Com Robin Willians e Sam Niell, ganha de mim 5 estrelas.
Um grande filme de FC, apesar das criticas


Corra pra Locadora (e pra biblioteca)
Diversão garantida






quinta-feira, 17 de março de 2011

Adulteens: Adultos só no RG






Teste Rapido
*responda sim ou não

a) vc compra brinquedos com e tem mais de 21 anos?
b) o toque do seu celular é uma musica de desenho ou videogame????
c) HiHappy, Ciranda e outras lojas de brinquedos são lugares sagrados pra você???

se vc respondeu sim a apenas 1 pergunta, vc tb num cresceu, igual a gente aqui!!!

Muitos de nós, somos adultos só na certidão de nascimento... Por algum motivo as vezes ignorado, não crescemos tanto quanto era esperado. Ou você nunca percebeu q era o mais 'criança' da sua turma no ensino medio? Isso era um sinal...
Hoje muitos de nós temos mais de 20 anos, não que isso signifique alguma coisa. Ainda compramos brinquedos, assistimos velhos desenhos, e sabemos de cada vez que o Lion gritou "Thunder, Thunder, Thundercats Hooo"
Verdade seja dita, gostamos de ser 'crianças em roupa de adulto'. Ainda mais que pegamos uma fase boa pra ser criança, muitos de nós somos o que assistiamos, ou pelo menos sonhamos em ser iguais nossos herois. Como se tudo no mundo pudesse ser resolvido dirigindo um carro, uma nave, ou montando um cavalo de fogo (né meninas)
Não tinhamos celulares, computador era um Pense Bem da TecToy...
Mas não somos irresponsaveis. Somos saudosistas, nostalgicos. Gostamos do tempo que brincamos, nos ralamos nos carrinhos de rolimã e nas bicicletas aro 16
em que o mundo era do tamanho de duas ruas, porque sua mãe nunca deixava você ir mais longe (e ai de você se ela saisse no portão e não visse você...)
Crescemos, mas meio a contra-gosto. É a lei do mundo, mas ninguem disse que precisavamos agir como adultos =P
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